Arq. Bras. Cardiol. 2023; 120(2): e20220091
Abordagem Híbrida de Extração e Implantação Simultâneas de Marca-passo sem Eletrodo em um Caso de Endocardite por Eletrodo Transvenoso
Introdução
O tratamento da bradicardia sintomática baseia-se no método de estimulação endocárdica transvenosa. Entretanto, os dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) estão associados a um risco potencial de complicações, incluindo infeções, com uma taxa estimada de 0,5% com implantes primários e 1–7 % com intervenções secundárias. Infecções por DCEI estão associadas a maior tempo de internação hospitalar, maiores custos clínicos e taxas de mortalidade. , De acordo com as diretrizes, a endocardite infecciosa relacionada ao DCEI implica a remoção completa do sistema, seguida de um período sem terapia intravascular. – Entretanto, a maioria dos pacientes necessita de reimplante de DCEI, o que sabidamente está associado a um risco de reinfecção entre 2 e 11%, principalmente nos casos com remoção apenas parcial do dispositivo inicial.
A técnica PISA é um procedimento percutâneo utilizado com sucesso na extração de eletrodos do DCEI. Essa técnica inicia-se com a identificação da porção proximal do eletrodo. Em seguida, é realizado um desbridamento ao longo do eletrodo para atingir o local da inserção venosa. A seguir, uma bainha dilatadora de polipropileno é inserida e avançada externamente até o eletrodo em movimentos rotacionais, mantendo-se uma leve tração. Tais movimentos irão resultar na liberação de aderências ao redor do eletrodo, permitindo, após o avanço total da bainha, a remoção total do eletrodo.
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