Arq. Bras. Cardiol. 2024; 121(3): e20230487

Adequação do Consumo de Ácidos Graxos entre Pacientes em Prevenção Cardiovascular Secundária

Aline Marcadenti ORCID logo , Rachel H. Vieira Machado, Renato Hideo Nakagawa Santos, Caio Cesar dos Santos Kasai, Cristiane Kovacs, Annie Bello, Cristina H. de Matos, Renata Torres Abib Bertacco, Gabriela C. Souza, Gabriela da S. Schirmann, Francisca Eugenia Zaina Nagano ORCID logo , Soraia Poloni, Raquel Milani El Kik, Naoel Hassan Feres, Isa G. Rodrigues, Antônio Carlos Sobral Sousa ORCID logo , Josilene M. F. Pinheiro, Sandra Mary Lima Vasconcelos, Daniele Maria de Oliveira Carlos, Viviane Sahade Souza, Adriana Barros Gomes ORCID logo , José Albuquerque de Figueiredo Neto ORCID logo , Emilio Hideyuki Moriguchi ORCID logo , Maria Cristina Izar, Sônia Lopes Pinto, Josefina Bressan, Simone Raimondi de Souza, Magali C. Kumbier, Celme Barroncas Passos de Araújo, Camila R. Torreglosa, Bernardete Weber, Ângela Cristine Bersch-Ferreira

DOI: 10.36660/abc.20230487

Este Artigo Original é referido pelo Minieditorial "Ingestão de Ácidos Graxos na Prevenção Cardiovascular: A Incessante Busca pela Adequação".

Resumo

Fundamento:

A adesão à uma alimentação adequada em macronutrientes é fundamental para a prevenção secundária de doenças cardiovasculares.

Objetivo:

Avaliar a prevalência de adesão às recomendações de consumo de ácidos graxos para prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, e estimar se a presença de determinados fatores de risco cardiovascular estaria associada à adesão.

Métodos:

Estudo transversal com os dados de linha de base de 2358 participantes do estudo “Brazilian Cardioprotective Nutritional Program Trial”. Dados de consumo alimentar, e fatores de risco cardiovascular foram avaliados. Foi considerada, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, uma ingestão adequada de ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) ≥10% do consumo total de energia diária, para ácidos graxos monoinsaturados (AGM), 20% e para ácidos graxos saturados (AGS), <7%. Na análise estatística foi considerando nível de significância de 5%.

Resultados:

Nenhum participante aderiu a todas as recomendações de forma simultânea e mais da metade (1482 [62,9%]) não aderiu a nenhuma recomendação. A adesão exclusivamente à recomendação de AGS foi a mais prevalente, sendo cumprida por 659 (28%) dos participantes, seguida da adesão exclusivamente à recomendação de AGP (178 [7,6%]) e de AGM (5 [0,2%]). Não houve associação entre o número de comorbidades e a adesão às recomendações nutricionais (p =0,269). Os participantes da região Nordeste do país apresentaram maior proporção de adesão às recomendações para consumo de AGS (38,42%), e menor para ingestão de AGPI (3,52%) (p <0,001) em comparação às demais.

Conclusões:

Na amostra avaliada, evidenciou-se baixa adesão às recomendações nutricionais para consumo de ácidos graxos.

Adequação do Consumo de Ácidos Graxos entre Pacientes em Prevenção Cardiovascular Secundária

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