Arq. Bras. Cardiol. 2017; 109(4): 357-367

Capacidade Funcional na Cardiopatia Congênita: Revisão Sistemática e Metanálise

Camila Wohlgemuth Schaan, Aline Chagastelles Pinto de Macedo, Graciele Sbruzzi, Daniel Umpierre, Beatriz D. Schaan, Lucia Campos Pellanda

DOI: 10.5935/abc.20170125

Resumo

Fundamento:

Crianças e adolescentes com cardiopatia congênita frequentemente apresentam alterações na sua capacidade de exercício que pode ser avaliada através de vários testes funcionais.

Objetivo:

Avaliar a capacidade funcional de crianças e adolescentes com cardiopatias congênitas (CC) através de revisão sistemática e metanálise.

Métodos:

A revisão incluiu estudos observacionais, dados da primeira avaliação de ensaios clínicos randomizados ou acompanhamento após ensaios clínicos que avaliaram a capacidade funcional através teste de exercício cardiopulmonar, teste ergométrico, teste de caminhada de seis minutos ou teste do degrau em crianças e adolescentes. Foram incluídos indivíduos com CC, idade entre seis e 18 anos e seus controles saudáveis. A avaliação quantitativa foi realizada por metanálise, comparando o consumo máximo de oxigênio (VO2max) entre crianças e adolescentes com CC e seus pares saudáveis.

Resultados:

Vinte e cinco dos 2.683 estudos identificados na pesquisa atenderam aos critérios de inclusão. A medida do VO2máx mostrou que os pacientes com CC apresentaram uma diminuição de 9,31 ml/Kg/min (IC 95%: -12,48 a -6,13; I2, 94,3%, P para heterogeneidade < 0,001) em comparação ao grupo controle. A metanálise dos dados de frequência cardíaca máxima (FCM) alcançada durante o teste de exercício cardiopulmonar e teste ergométrico, avaliado por 18 estudos, mostrou um valor de -15,14 bpm (IC 95%: -20,97 a -9,31; I2; 94,3%, P para heterogeneidade < 0,001) em comparação ao grupo controle.

Conclusão:

Crianças e adolescentes com CC apresentam menor VO2máx e FCM em relação a controles saudáveis.

Capacidade Funcional na Cardiopatia Congênita: Revisão Sistemática e Metanálise

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