Arq. Bras. Cardiol. 2020; 114(3): 446-455
Criação e Implementação de um Banco de Dados Prospectivo e Multicêntrico de Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio: RIAM
Este Artigo Original é referido pelo Minieditorial "Minieditorial: “Criação e Implementação de um Banco de Dados Prospectivo e Multicêntrico de Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio: RIAM”".
Resumo
Fundamento
Registros multicêntricos representativos do mundo real podem fornecer informações importantes, mas existem poucos estudos descrevendo como implementar estas ferramentas.
Objetivo
Descrever o processo de implementação de um banco de dados em infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCST) em um hospital de referência e sua aplicação para outros centros com uma plataforma online .
Métodos
Nossa instituição implementou em 2009 um Registro de Infarto Agudo do Miocárdio (RIAM), com a inclusão prospectiva e consecutiva de todos os pacientes com diagnóstico de IAMCST que internaram na instituição. No período de março de 2014 a abril de 2016 foi realizada a migração para o sistema online com o software REDCap e expansão do registro para outros centros. A plataforma REDCap é um software de uso gratuito disponibilizado pela Universidade Vanderbilt a instituições interessadas em pesquisa, mediante cadastramento prévio.
Resultados
Foram realizadas as seguintes etapas do aprimoramento e expansão do registro: 1. Padronização das variáveis; 2. Implementação do software REDCap ( Research Electronic Data Capture ) institucional; 3. Desenvolvimento de formulários de coleta de dados ( Case Report Form – CRF); 4. Expansão do registro para outros centros de referência utilizando o software REDCap; 5. Treinamento da equipe e dos centros participantes pelo POP (Procedimento Operacional Padrão).
Conclusões
A descrição da metodologia utilizada para implementar e expandir o RIAM pode auxiliar outros centros e pesquisadores a realizar estudos semelhantes, compartilhar informações entre instituições, o desenvolvimento de novas tecnologias em saúde e auxiliar nas políticas públicas em doenças cardiovasculares. (Arq Bras Cardiol. 2020; 114(3):446-455)
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