Arq. Bras. Cardiol. 2019; 112(3): 321-323

Dissecção Aórtica Crônica e Gestação: Relato de Caso Clínico

Giulia de Miranda Taglialegna, Leila Katz, Larissa Mayara Aristóteles de Albuquerque, Milena Máximo de Freitas, Alexandre Jorge Gomes de Lucena, Melania Maria Ramos de Amorim ORCID logo

DOI: 10.5935/abc.20190044

Introdução

As complicações aórticas durante a gestação podem ocorrer em mulheres sem fatores de risco, porém, mais frequentemente, se associam com doenças do colágeno (Síndromes de Marfan e Ehlers-Danlos) e malformações estruturais cardíacas (coarctação e valva aórtica bivalvular)., Na mulher abaixo dos 40 anos, aproximadamente metade desses eventos ocorre na gravidez, particularmente no terceiro trimestre, ou puerpério. É um evento extremamente raro, contabilizando 0,1% a 0,4% de todas as dissecções aórticas, acometendo 5,5 (IC 95% 4,0 – 7,8) mulheres a cada 1 milhão durante a gestação e puerpério.,, Acredita-se que as alterações hemodinâmicas fisiológicas da gestação, modificações estruturais determinadas pela compressão do útero gravídico e a ação hormonal podem agravar essa patologia aórtica.,

As classificações mais utilizadas tomam como base a porção anatômica acometida. O grupo de Stanford considera: tipo A (dissecção que envolve aorta ascendente) e tipo B (apenas aorta descendente). De acordo com a duração dos sintomas até a apresentação clínica, a dissecção aórtica pode ser classificada como crônica se apresentar duas semanas ou mais após o início dos sintomas.

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Dissecção Aórtica Crônica e Gestação: Relato de Caso Clínico

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