Arq. Bras. Cardiol. 2020; 115(4): 719
Evolução Temporal da Análise de Resultados do Emprego do iFR
Senhor Editor,
Lemos com muito interesse o minieditorial escrito pelos autores Chamié e Abzaid referente ao artigo “Avaliação de isquemia miocárdica na sala de hemodinâmica com instanataneous wave-free ratio: estudo piloto”. O minieditorial nos traduz com clareza a histórica evolução de raciocínio que devemos seguir na interpretação do estudo de fisiologia coronária na tomada de decisão terapêutica. Embora a medicina seja plena de situações binárias para resolução, como presença ou ausência de febre pelo termômetro, fica muito claro que níveis diferentes de valores referem-se a diagnósticos, prognósticos e condutas diferentes. Com relação às avaliações funcionais coronarianas, após uma enorme quantidade de estudos binários para demonstrar sua validade, recentes trials citados no minieditorial nos conduzem a uma fase onde o poder decisório clínico volta a ter peso importante e, o dissertar desta mudança de rumos ocorreu de forma brilhante pelo minieditorial. Não deixamos de relevar o raciocínio clínico e outros fatores em nosso estudo, uma vez que o preditor de colocação de stent foi iFR < 0,87 neste grupo, apesar do valor de corte estabelecido para o iFR ser 0,89, havendo uma significativa redução do emprego de stents.
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