Arq. Bras. Cardiol. 2018; 111(5): 750-752

Flexibilização do Jejum para Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico no Brasil: Ciência ou Conveniência

Maria Cristina de Oliveira Izar

DOI: 10.5935/abc.20180192

Diretrizes nacionais e internacionais para o tratamento de dislipidemias classicamente recomendam a avaliação dos perfis lipídicos após jejum de pelo menos 8 horas. Os alvos lipídicos para avaliar o risco cardiovascular tradicionalmente dependem dos níveis plasmáticos de colesterol total (CT) e colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL-c), sendo este último calculado por meio da equação de Friedewald.

Algumas imprecisões causadas por concentrações baixas ou altas de triglicérides no cálculo do LDL-c podem afetar a avaliação do risco cardiovascular, a definição de um alvo terapêutico e a necessidade de intensificar o tratamento., Resultados precisos requerem níveis de triglicérides abaixo de 400 mg/dL, mas, acima de 100 mg/dL, o LDL-c calculado começa a ser subestimado, quando comparado às medidas de ultracentrifugação. Outra limitação ao uso da fórmula é que as amostras não devem conter lipoproteína de densidade intermediária (IDL), como no caso da hiperlipoproteinemia do tipo III. Quando uma destas condições não é satisfeita, a equação não pode ser utilizada, devido à imprecisão.

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Flexibilização do Jejum para Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico no Brasil: Ciência ou Conveniência

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