Arq. Bras. Cardiol. 2024; 121(5): e20230671

Fragilidade e Fibrilação Atrial: Um Olhar Mais Atento ao Estudo FRAIL-AF

Roberto Muniz Ferreira ORCID logo

DOI: 10.36660/abc.20230671

Introdução

Embora a medicina baseada em evidências (MBE) tenha contribuído para estabelecer as bases do atendimento ao paciente há mais de 40 anos, os princípios científicos ainda são frequentemente desconsiderados na tomada de decisões clínicas. Como resultado, a MBE pode ser erroneamente caracterizada como uma barreira que limita a aplicabilidade de conceitos pouco reconhecidos, de outra forma percebidos como totalmente apoiados pela literatura médica. A análise crítica das publicações médicas não deve basear-se em métodos alheios ao domínio científico, e a MBE fornece os meios para limitar tais equívocos.

Apesar do progresso contínuo no conhecimento médico, numerosas áreas de incerteza persistem na prática clínica. Nesses casos, a tomada de decisões depende normalmente de informações provenientes de cenários diferentes, de investigações ou experiências pessoais concebidas de forma inadequada e de alternativas que são inerentemente frágeis como provas de embasamento. Na verdade, a fragilidade é um problema que a maioria dos médicos, em última análise, tem de gerir, seja no que diz respeito às evidências científicas ou aos perfis dos pacientes. Maiores dificuldades surgem quando ambos são uma fonte de fragilidade, uma vez que decisões mal avaliadas tendem a ter resultados ainda piores. A fibrilação atrial (FA) é um tema onde essa associação potencialmente ocorre.

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Fragilidade e Fibrilação Atrial: Um Olhar Mais Atento ao Estudo FRAIL-AF

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