Arq. Bras. Cardiol. 2017; 109(1): 87-89

Gradiente Intraventricular Sintomático Induzido pelo Esforço em Atleta Competitivo

Helder Dores, Lígia Mendes, António Ferreira, Jose Ferreira Santos

DOI: 10.5935/abc.20170075

Relato de Caso

Descrevemos o caso de um jogador de tênis de 17 anos de idade, com cor da pele branca, treinando em média de 20 a 24 horas por semana, encaminhado para avaliação em uma clínica de cardiologia esportiva devido a sintomas de tontura durante a prática de exercício físico extenuante, aliviados logo após o decúbito. O atleta negou outras queixas concomitantes, particularmente, dor torácica, palpitações, síncope ou queda no desempenho físico. Embora esta seja a ocorrência mais sintomática, ele revelou outros episódios anteriores com apresentação semelhante, porém menos intensa e ocorrida em ambientes com temperatura elevada. Com histórico pessoal/familiar comum, todas as avaliações prévias à competição apresentaram resultados normais; sem restrições, portanto, à participação em competição esportiva. O exame físico não apresentou achados significativos: avaliação cardíaca normal, com frequência cardíaca e pressão arterial em repouso a 52 bpm 121/64mmHg, respectivamente.

O eletrocardiograma de 12 derivações e o ecocardiograma transtorácico não identificaram achados patológicos, somente adaptação fisiológica cardíaca ao exercício físico (). Em momento subsequente, o atleta foi submetido a um ecocardiograma de estresse com esforço físico em esteira, revelando uma excelente capacidade funcional (19’09’’ do protocolo de Bruce, 19,3 METs), mas com reprodução dos sintomas (tonteira) no pico do exercício, redução simultânea na pressão arterial sistólica (185➔90mmHg) e detecção de gradiente intraventricular (GIV) – pelo menos 69mmHg (). No primeiro minuto da recuperação, os sintomas desapareceram e a pressão arterial normalizou.

[…]

Gradiente Intraventricular Sintomático Induzido pelo Esforço em Atleta Competitivo

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