Arq. Bras. Cardiol. 2024; 121(5): e20210352

Incidência de Complicações Cardiovasculares em Pacientes Pediátricos Tratados com Antraciclinas em um Centro Oncológico Brasileiro

Cristina Chaves dos Santos de Guerra ORCID logo , Geisa Sant'Ana, Osório Luiz Rangel de Almeida ORCID logo

DOI: 10.36660/abc.20210352

Resumo

Fundamento:

A introdução das antraciclinas no tratamento do câncer infantojuvenil propiciou um aumento significativo na sobrevida, mas também nas taxas de morbimortalidade devido às complicações cardiovasculares (CVs).

Objetivos:

Conhecer o perfil cardiológico de pacientes pediátricos tratados com antraciclinas em um centro oncológico no Brasil e a incidência das complicações CVs.

Métodos:

Foram coletados, de prontuários de pacientes de ambos os sexos com idade até 19 anos – frequência e forma de apresentação clínica das complicações CVs Gerais (G1) e relacionadas à Disfunção Ventricular (G2) – e correlacionados com fatores de risco, faixa etária e estado vital, medicações cardiológicas e cardioprotetoras. Um valor de p < 0,05 foi considerado significativo.

Resultados:

Foram incluídos 326 pacientes, destes, 214 (65,6%) eram menores de 10 anos e 192 (58,89%) do sexo masculino. As complicações do G1 ocorreram em 141 (43,3%) pacientes e a mais frequente foi a hipertensão arterial sistêmica; as complicações do G2 ocorreram em 84 pacientes (25,76%). Uma Dose Cumulativa (DC) das antraciclinas > 250mg/m2 foi usada em 26,7% dos pacientes e a associação de complicações do G2 com essa DC não mostrou significância estatística (p=0,305; RC=1,330 e [95% IC= 0,770- 2,296]). As medicações cardiológicas mais usadas foram os diuréticos em 34,7% dos pacientes.

Conclusões:

O estudo mostrou, como na literatura, uma alta incidência de complicações CVs no tratamento do câncer infantojuvenil, sendo as do G1 as mais frequentes.

Incidência de Complicações Cardiovasculares em Pacientes Pediátricos Tratados com Antraciclinas em um Centro Oncológico Brasileiro

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