Arq. Bras. Cardiol. 2019; 113(3): 410-416

Níveis de Atividade Física Em Pacientes Com Doença Arterial Periférica

Aline Mendes Gerage, Marilia de Almeida Correia, Paulo Mesquita Longano de Oliveira, Aline Cabral Palmeira, Wagner Jorge Ribeiro Domingues, Antônio Eduardo Zeratti, Pedro Puech-Leão, Nelson Wolosker, Raphael Mendes Ritti-Dias, Gabriel Grizzo Cucato

DOI: 10.5935/abc.20190142

Este Artigo Original é referido pelo Minieditorial "Aspectos do Tratamento não Farmacológico em Doença Arterial Periférica".

Fundamento:

Aumentos nos níveis de atividade física diária são recomendados para pacientes com doença arterial periférica (DAP). No entanto, apesar dessa recomendação, pouco se sabe sobre os padrões de atividade física dos pacientes com DAP.

Objetivo:

Descrever os padrões de atividade física de pacientes com DAP sintomática.

Métodos:

Este estudo transversal incluiu 174 pacientes com DAP com sintomas de claudicação intermitente. Os pacientes foram submetidos a avaliações clínicas, hemodinâmicas e funcionais. A atividade física foi objetivamente medida por um acelerômetro, e o tempo gasto em atividades sedentárias, de baixa intensidade, de alta intensidade e atividade física moderada-a-vigorosa (AFMV) foi obtido. A análise descritiva foi realizada para resumir os dados dos pacientes e a regressão logística binária foi utilizada para testar as associações brutas e ajustadas entre a adesão à recomendação de atividade física e os fatores sociodemográficos e clínicos. Para todas as análises estatísticas, a significância foi estabelecida em p < 0,05.

Resultados:

Os pacientes gastaram em média 640 ± 121 min/dia, 269 ± 94 min / dia, 36 ± 27 min/dia e 15 ± 16 min/dia em atividades sedentárias, de baixa intensidade, alta intensidade e AFMV, respectivamente. A prevalência de pacientes que atingiram as recomendações de atividade física foi de 3,4%. Após ajuste para fatores de confusão, observou-se associação inversa significativa entre adesão à recomendação de atividade física e idade (OR = 0,925; p = 0,004), enquanto tempo de doença, ITB e distância total de caminhada não se associaram a esse critério de adesão (p> 0,05).

Conclusão:

Os padrões de atividade física dos pacientes com DAP são caracterizados por uma grande quantidade de tempo gasto em comportamentos sedentários e um baixo envolvimento na AFMV. Pacientes mais jovens, independentemente dos fatores clínicos e funcionais, apresentaram maior probabilidade de atender às recomendações atuais de atividade física.

Níveis de Atividade Física Em Pacientes Com Doença Arterial Periférica

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