Arq. Bras. Cardiol. 2019; 113(1): 62-68

O Perfil do Cardiologista Brasileiro – Uma Amostra de Sócios da Sociedade Brasileira de Cardiologia

Lucas Simonetto Faganello, Mauricio Pimentel, Carisi Anne Polanczyk, Tiago Zimerman, Marcus Vinicius Bolivar Malachias, Oscar Pereira Dutra, Leandro Ioschpe Zimerman

DOI: 10.5935/abc.20190089

Este Artigo Original é referido pelo Minieditorial "Perfil dos Cardiologistas Brasileiros: Um Olhar sobre Liderança Feminina na Cardiologia e sobre o Estresse – Desafios para a Próxima Década".

Fundamento:

Dados internacionais mostram mudanças no perfil e nas características da atuação dos cardiologistas. No entanto, não há na literatura dados acerca da realidade brasileira.

Objetivo:

Avaliar as características profissionais e pessoais de amostra de cardiologistas brasileiros.

Método:

Estudo transversal realizado por meio de questionário enviado via e-mail para os cardiologistas adimplentes da Sociedade Brasileira de Cardiologia em 2017. Os resultados foram analisados considerando nível de significância de p < 0,05.

Resultados:

Foram enviados 13.462 questionários, havendo 2.101 (15,6%) respostas, com predominância de homens (71,8% versus 28,2%). A distribuição etária e o estado civil foram significativamente diferentes entre os gêneros (p < 0,001). O número de cardiologistas sem filhos foi maior entre as mulheres (40,5% versus 16,1%; p < 0,001). O local de trabalho mais frequente foi hospital público (46,5%), seguido por hospital privado (28,5%) e consultório privado (21,1%). O consultório é a principal atividade de 23,9% dos homens e 14% das mulheres (p < 0,001), predominantemente entre aqueles com mais de 50 anos (31,7% versus 10,1%, respectivamente; p < 0,001). A maioria (64,2%) trabalha mais de 40 horas semanais (69% dos homens e 51,9% das mulheres; p < 0,001). A renda mensal de 88% é superior a R$ 11.000 (US$ 3,473.43), e 66,5% dos homens recebem mais que R$ 20.000,00 (US$ 6,315.32) mensais, contra 31,2% das mulheres (p < 0,001). Nível elevado de estresse foi relatado por 11,3%.

Conclusões:

Os homens são maioria entre os cardiologistas, têm maior carga de trabalho e renda superior à das mulheres. A taxa de estresse em grande proporção foi de 11,3%.

O Perfil do Cardiologista Brasileiro – Uma Amostra de Sócios da Sociedade Brasileira de Cardiologia

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