Arq. Bras. Cardiol. 2020; 114(1): 59-65

Padrões de Remodelamento Ventricular Esquerdo na Atenção Primária à Saúde

Roberto de Castro Meirelles de Almeida, Antonio José Lagoeiro Jorge, Maria Luiza Garcia Rosa, Adson Renato Leite, Dayse Mary S. Correia, Evandro Tinoco Mesquita, Sergio Chermont, Jocemir Ronaldo Lugon, Wolney de Andrade Martins

DOI: 10.36660/abc.20180258

Este Artigos Originais é referido pelo Minieditorial "Precisamos Conhecer os Padrões de Geometria do Ventrículo Esquerdo da População Brasileira?".

Fundamento:

O remodelamento ventricular esquerdo (RVE) está relacionado a desfechos não fatais e fatais.

Objetivo:

Descrever os padrões geométricos do VE e suas associações.

Métodos:

Um total de 636 indivíduos entre 45 e 99 anos no Rio de Janeiro, Brasil, foi submetido a avaliação clínica, exames laboratoriais, eletrocardiograma e ecocardiograma com Doppler tecidual (EDT). A diferença entre as categorias foi testada com Kruskall-Wallis com testes post hoc, uma vez que todas as variáveis estudadas não são normalmente distribuídas e o qui-quadrado de Pearson (variáveis categóricas). As ORs brutas e ajustadas foram estimadas por regressão logística. O nível de significância foi de 5% para todos os testes. Os indivíduos tinham RVE caracterizada como: geometria normal (GN), remodelamento concêntrico (RC), hipertrofia concêntrica (HC) e hipertrofia excêntrica (HE).

Resultados:

A prevalência de padrões alterados foi de 33%. Os sujeitos apresentaram GN (n = 423; 67%); HE (n = 186; 29%); HC (n = 14; 2%); e RC (n = 13; 2%). As variáveis sexo, idade, escolaridade e razão albumina/creatinina (A/C) mostraram relação com a chance de HE, mesmo após o ajuste.

Conclusão:

Aproximadamente um terço dos indivíduos estudados apresentavam RVE e corriam risco de desenvolver insuficiência cardíaca. A/C alterada na urina foi associada à HE, indicando uma relação precoce entre disfunção cardíaca e renal.

Padrões de Remodelamento Ventricular Esquerdo na Atenção Primária à Saúde

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