Arq. Bras. Cardiol. 2017; 109(6): 507-508


Potencial da Estratégia de Saúde da Família no Combate às Doenças Cardiovasculares

Gilberto Andrade Tavares, José Augusto Soares Barreto-Filho

DOI: 10.5935/abc.20170187

Introdução

Estima-se que um entre três adultos nos Estados Unidos da América (EUA) tem algum tipo de Doença Cardiovascular (DCV), sendo o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) a principal condição. Nos EUA, estima-se que mais de um milhão de pessoas são vítimas de IAM ao ano. No Brasil, em 2011, 384.615 mortes foram atribuídas a DCV. Em 2010, a American Heart Association (AHA) propôs a avaliação de 7 métricas relativas à Saúde Cardiovascular (SCV) que, potencialmente, teriam grande impacto no controle das DCV. De acordo com o status de adesão ou controle, as métricas (cessação de tabagismo, dieta adequada, realização de atividade física, controle da massa corporal, pressão arterial, colesterol e glicemia sérica) foram divididas em: “ideal”, “intermediário” e “ruim”, com pretensão de reduzir em 20% as mortes por DCV nos EUA até 2020.

Tal recomendação tem sido seguida em vários países com o objetivo de verificar a SCV de suas populações. Na China, pessoas com SCV “ideal” apresentaram mortalidade geral 30% menor comparado com os participantes com SCV “ruim”. Para a mortalidade específica por DCV, a redução foi de 39%. Na Coreia do Sul, a redução foi de 58% para todas as causas de mortalidade e 90% para DCV. No nosso meio, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, foi verificado que apenas 1% da nossa população atingiu as sete métricas em nível “ideal”. Isoladamente, apenas 3,2% apresentaram dieta no melhor nível, seguida de atividade física (23,6%) e IMC (43,7%). As mulheres apresentaram maior prevalência em níveis ideais para tabagismo (89,5%). Melhores níveis para pressão arterial (77,7%) e para o Colesterol Total (CT) de 87,3% foram encontrados entre os homens.

[…]

Potencial da Estratégia de Saúde da Família no Combate às Doenças Cardiovasculares

Comentários

Pular para o conteúdo