Arq. Bras. Cardiol. 2025; 122(9): e20250269

Prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica e Fatores Associados em Indígenas Atendidos em um Ambulatório Especializado no Sul do Brasil

Jackson Menezes de Araújo ORCID logo , Leandro Tuzzin, Daniela Teixeira Borges, Jossimara Polettini, Renata dos Santos Rabello, Gustavo Olszanski Acrani, Ivana Loraine Lindemann

DOI: 10.36660/abc.20250269

Resumo

Fundamento

A crescente ocorrência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) está associada a condições multifatoriais, incluindo mudanças no estilo de vida das populações indígenas.

Objetivo

Estimar a prevalência e verificar os fatores associados à HAS em indígenas atendidos em um ambulatório especializado no Sul do Brasil.

Métodos

Estudo transversal, realizado com amostra de indígenas de ambos os sexos e com 20 anos ou mais, cujos dados foram coletados em prontuários médicos. A hipertensão foi definida como variável dependente, a partir do registro do diagnóstico, para a qual foi estimada a prevalência com intervalo de confiança de 95% (IC95%). Analisaram-se como possíveis fatores associados características sociodemográficas, de saúde e comportamentais, através das estimativas das razões de prevalência (RPs) brutas e ajustadas, acompanhadas de seus respectivos IC95%.

Resultados

A amostra foi composta por 570 indígenas, com prevalência de HAS de 26% (IC95 23-30). Os fatores associados foram idade igual ou superior a 60 anos (RP=1,94; IC95 1,22-3,09), ter cônjuge (RP=1,61; IC95 1,04-2,48) e diagnóstico de diabetes mellitus (RP=2,33; IC95 1,48-3,66).

Conclusão

A prevalência de HAS se mostrou elevada, ratificando seu destaque como um problema de saúde pública também na população indígena e evidenciando a necessidade de fortalecer a saúde primária para atuar na prevenção, no diagnóstico, e no manejo adequado.

Prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica e Fatores Associados em Indígenas Atendidos em um Ambulatório Especializado no Sul do Brasil

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