Arq. Bras. Cardiol. 2025; 122(6): e20240505

Tendência Temporal das Internações Hospitalares por Insuficiência Cardíaca no Brasil

José Marcos Girardi ORCID logo , Isadora Araújo Girardi, Ana Clara Silva Nascimento, Daniel Monteiro de Lauro Silva, Luisa Venture Gibaile Soares, Sarah Alessandrini Lauriano Dias, Sarah Quick Lourenço de Lima

DOI: 10.36660/abc.20240505

Este Artigo Original é referido pelo Minieditorial "Hospitalizações e Mortalidade Hospitalar por Insuficiência Cardíaca no Brasil: Um Panorama Atualizado".

Resumo

Fundamento

A insuficiência cardíaca é uma pandemia global e causa de redução significativa da qualidade de vida, com impacto nos gastos hospitalares, sendo importante conhecer a tendência temporal das internações e mortalidade para traçar estratégias de enfrentamento.

Objetivo

O objetivo deste estudo foi descrever a tendência temporal das internações hospitalares por insuficiência cardíaca e mortalidade durante as internações entre 2000 e 2021 no Brasil.

Métodos

Foi realizado estudo de tendência temporal das taxas de internação e mortalidade durante internações, utilizando-se dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, por meio de regressão segmentada joinpoint. Foram calculadas as variações percentuais anuais das taxas com os respectivos intervalos de confiança de 95% e nível alfa de significância de 0,05.

Resultados

Foram analisadas 2.851.437 internações em homens e 2.749.424 em mulheres entre 2000 e 2021 no Brasil. Observou-se redução percentual anual das taxas de internação em homens de 6,7% a 8,1% e, em mulheres, redução de 7,5% a 8,3%. Observou-se aumento percentual anual das taxas de mortalidade em homens de 1,8% a 3,6% e, em mulheres, aumento de 3,1% a 3,5%.

Conclusão

Observou-se redução das taxas de internação por insuficiência cardíaca e aumento das taxas de mortalidade em todas as faixas etárias avaliadas para ambos os sexos entre 2000 e 2021 no Brasil. Estes resultados podem refletir melhor controle ambulatorial da doença e internação apenas para casos mais graves, mas ressaltamos a necessidade de abordagem continuada dos fatores de risco para a doença.

Tendência Temporal das Internações Hospitalares por Insuficiência Cardíaca no Brasil

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