Arq. Bras. Cardiol. 2021; 117(5): 922-923
A Elevada Pressão do Combate a Pandemia da COVID-19
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Associação da Hipertensão com a Gravidade e a Mortalidade de Pacientes Hospitalizados com COVID-19 em Wuhan, China: Estudo Unicêntrico e Retrospectivo".
Apesar de já estarmos há quase dois anos no enfrentamento dos desafios impostos pelo novo coronavírus, ainda nos resta um longo caminho a ser percorrido. A rápida e fácil propagação do vírus não só preocupa a população e a sociedade científica como um todo, como também escancarou a fragilidade do sistema público de saúde brasileiro, tido como universal. Os números falam por si – as taxas exorbitantes de infectados e, consequentemente, de números de óbitos nos fizeram e fazem questionar a condução desta crise sanitária.
Neste cenário, indivíduos idosos e com comorbidades, tais como hipertensão arterial, diabetes, obesidade e doença arterial coronariana, foram os que mais sofreram com a COVID-19. O vírus no organismo leva a extensa disfunção endotelial, intermediada por citocinas inflamatórias e fatores trombogênicos, lesões microvasculares disseminadas e graves complicações, tais como: embolia pulmonar e sistêmica, injúria miocárdica e disfunção renal. Essas manifestações mostraram-se potencialmente fatais, em especial neste grupo aqui elencado, pela concomitante presença de doenças cardiovasculares (DCV).
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Palavras-chave: Comorbidades; Doenças Cardiovasculares; Hipertensão; Hospitalização; Idosos; Pandemia
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