Arq. Bras. Cardiol. 2024; 121(5): e20240189
A Vitamina D e o Aparelho Cardiovascular
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Efeitos da Suplementação de Vitamina D sobre Parâmetros Hemodinâmicos Centrais e Sistema Nervoso Autônomo em Indivíduos com Obesidade ou Sobrepeso".
A vitamina D (ou calciferol) é uma vitamina solúvel em gordura. É um termo genérico e refere-se a um grupo de compostos lipossolúveis com uma estrutura de colesterol de quatro anéis. A síntese dérmica, sob ação da luz UV-B na pele, é a principal fonte natural desta vitamina, visto que muito poucos alimentos contêm vitamina D naturalmente (os peixes gordurosos, como salmão, atum, sardinha, truta, são a exceção). Esta vitamina D, proveniente da dieta ou da síntese dérmica, é biologicamente inativa. Apresenta-se como vitamina D3 (colecalciferol) e vitamina D2 (ergocalciferol), que são convertidas enzimaticamente no fígado em 25(OH)D (25-hidroxivitamina D = calcidiol), a principal forma circulante de vitamina D. Depois, no rim, o calcidiol é convertido em calcitriol (1,25-di-hidroxivitamina D), a forma ativa da vitamina D, que aumenta a absorção intestinal do cálcio, aumenta a reabsorção óssea e diminui a excreção renal do cálcio e fosfato.
O melhor indicador laboratorial da adequação da vitamina D é a concentração sérica de 25(OH)D. No entanto não há consenso sobre a concentração ideal; a National Academy of Medicine indicou que 20 ng/ml é suficiente, mas a maioria dos especialistas (Endocrine Society, National Osteoporosis Foundation, International Osteoporosis Foundation, American Geriatrics Society) sugerem que um nível mínimo de 30ng/ml seja necessário para os adultos.
[…]
Palavras-chave: Calciferol; Sistema Cardiovascular; Vitamina D; Vitaminas Lipossolúveis
494