Arq. Bras. Cardiol. 2025; 122(7): e20250396

Ablação de Fibrilação Atrial: Ainda Estamos Procurando a Melhor Opção?

Lucas Simonetto Faganello ORCID logo , Mauricio Pimentel ORCID logo

DOI: 10.36660/abc.20250396

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Ablação por Campo Pulsado versus Ablação por Radiofrequência de Curta Duração e Potência Muito Alta na Fibrilação Atrial: Uma Revisão Sistemática e Metanálise".

A fibrilação atrial (FA) está independentemente associada a riscos aumentados de mortalidade, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, comprometimento da qualidade de vida e declínio cognitivo. O controle do ritmo cardíaco demonstrou ser superior ao controle da frequência cardíaca na redução de desfechos cardiovasculares, com a ablação por cateter demonstrando maior eficácia do que a terapia medicamentosa antiarrítmica. Avanços contínuos em técnicas e tecnologias têm progressivamente estabelecido a ablação como um pilar fundamental no tratamento da FA.

Nos últimos anos, o mapeamento 3D e a ablação ponto a ponto evoluíram significativamente com a introdução de cateteres com sensor de força de contato e o desenvolvimento de métricas de qualidade da lesão, como o índice de ablação e o índice de tamanho da lesão. Essas melhorias se traduziram em melhores resultados, tempos de procedimento reduzidos e maior segurança. O isolamento das veias pulmonares continua sendo a pedra angular do tratamento invasivo da FA, sendo a ablação ponto a ponto por radiofrequência (RF) a técnica mais utilizada, apesar do surgimento de fontes de energia alternativas. O sucesso do procedimento depende da aplicação de lesões contínuas, irreversíveis e transmurais que circundem as veias pulmonares, preservando as estruturas adjacentes, como o esôfago e o nervo frênico.

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Ablação de Fibrilação Atrial: Ainda Estamos Procurando a Melhor Opção?

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