Arq. Bras. Cardiol. 2025; 122(1): e20240824
Abordando as Disparidades de Gênero nos Cuidados Cardiovasculares: Orientações das Diretrizes para ICP em Mulheres e o Enigma de Hua-Mulan
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Resultados da Intervenção Coronariana Percutânea Recomendada pelas Diretrizes em Mulheres com Doença Arterial Coronariana Obstrutiva: um Estudo de Coorte Longitudinal".
O impacto das doenças cardiovasculares (DCV) não é distribuido uniformemente na população. Ainda que fatores biológicos contribuem para sua prevalência, questões sociais, culturais, econômicas, ambientais e de gênero também são elementos determinantes para a condução e tratamento da doença isquêmica do coração (DIC).–Apesar dos avanços significativos nos cuidados cardiovasculares e no campo das intervenções coronárias percutâneas (ICP), disparidades entre gêneros ainda persistem nos campos de diagnóstico acesso a recursos e tratamento das DCV.
De acordo com o relatório de 2019 da Global Burden of Disease (GBD) Networkas DCV foram responsáveis por 35% de todas as mortes femininas no mundo, com impacto particularmente pronunciado em países em desenvolvimento, onde barreiras socioeconômicas dificultam o acesso a cuidados de saúde adequados.No Brasil, os dados da GBD revelaram que 12% das mortes foram atribuídas à DIC, compreendendo 32,3% do total de mortes relacionadas a DCV. Embora tenha havido melhoras relvantes nos últimos anos, as mulheres continuam a apresentar taxas de mortalidade relacionadas à DIC (29,9%) um pouco maiores em comparação aos homens (27,6%).Essas estatísticas ressaltam a necessidade urgente de estratégias direcionadas para abordar as desigualdades de gênero e os determinantes mais amplos da saúde no tratamento de DCV.,
[…]
Palavras-chave: Doença das Coronárias; Equidade de Gênero; ntervenção Coronária Percutânea
171