Arq. Bras. Cardiol. 2023; 120(1): e20220900

Aprimorando a Ressuscitação Cardiopulmonar

Paolo Blanco Villela ORCID logo

DOI: 10.36660/abc.20220900

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "O Uso da Escala de Borg na Percepção do Esforço em Manobras de Reanimação Cardiopulmonar".

A parada cardiorrespiratória (PCR) é o evento de maior gravidade na área da saúde e seu pronto reconhecimento com o consequente início das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) são fundamentais para o retorno da circulação espontânea (RCE). Apesar da ausência de dados epidemiológicos robustos, uma metanálise com 141 estudos incluindo países da América do Norte, Europa, Ásia e Oceania, demonstrou taxa de RCE abaixo de 30% nos casos de PCR extra-hospitalar, e concluiu que as chances de sucesso estavam ligadas ao fato da PCR ter sido testemunhada e em casos cuja RCP havia sido iniciada por um espectador da mesma.

No Brasil, de acordo com a diretriz sobre Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as taxas de sobrevida de PCR extra-hospitalar, quando abordada dentro dos primeiros 5 minutos com desfibrilação precoce, variam entre 50% e 70%. Por outro lado, no ambiente intra-hospitalar, paradoxalmente, as taxas de sobrevida são inferiores a 20%, provavelmente devido às condições clínicas associadas e à maior gravidade dos pacientes, que fazem da assistolia e da atividade elétrica sem pulso os ritmos mais prevalentes.

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Aprimorando a Ressuscitação Cardiopulmonar

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