Arq. Bras. Cardiol. 2020; 114(6): 1013-1014

Avaliação da Gravidade da Doença Arterial Coronariana em Pacientes Tratados com Quimioterapia: A Necessidade Adicional da Cardio-Oncologia

Matthew E. Harinstein ORCID logo

DOI: 10.36660/abc.20200408

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Doença Arterial Coronariana Anatômica Associada à Quimioterapia em Pacientes com Câncer de Pulmão Avaliada pelo Escore Angiográfico SYNTAX".

A toxicidade cardiovascular relacionada às terapias contra o câncer é reconhecida há anos. O número e os tipos de toxicidade aumentaram rapidamente devido a vários fatores, incluindo terapias novas e aperfeiçoadas e regimes de tratamento que resultaram em maior sobrevida para os pacientes. Essa é a base para o crescente campo da cardio-oncologia, para ajudar a identificar cardiotoxicidade e cujo objetivo é minimizar os resultados adversos.

Estudos sobre cardiomiopatias relacionadas às antraciclinas, geralmente irreversíveis, e trastuzumabe, tipicamente reversíveis, bem como as cardiotoxicidades reconhecidas mais recentemente, incluindo miocardite relacionada a inibidores de checkpoint imune, fizeram a avaliação da doença cardíaca concomitante crucial no tratamento de pacientes em tratamento para câncer. , A doença arterial coronariana (DAC) também é uma consequência de terapias contra o câncer e eventos coronarianos adversos, como infarto do miocárdio e trombose, podem complicar o tratamento e ter um desfecho desfavorável. Assim, uma maior compreensão dos efeitos adversos de terapias específicas é crucial para avaliar o estado clínico dos pacientes e tomar decisões sobre estratégias de tratamento, a fim de maximizar os resultados gerais, tanto oncológicos quanto cardíacos. A DAC tem sido associada à radioterapia, , e o risco e a gravidade anatômica da DAC relacionados ao tratamento com radioterapia já foram descritos. , Em um estudo com 152 sobreviventes de câncer torácico submetidos à radioterapia, os investigadores observaram que os pacientes do estudo tinham escores SYNTAX mais altos e corriam maior risco de desenvolver DAC anatomicamente grave, independente da quimioterapia. Embora se saiba que a DAC está presente em pacientes tratados com quimioterapia, independentemente da radioterapia, a associação entre a gravidade anatômica da DAC e a quimioterapia é menos conhecida.

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Avaliação da Gravidade da Doença Arterial Coronariana em Pacientes Tratados com Quimioterapia: A Necessidade Adicional da Cardio-Oncologia

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