Arq. Bras. Cardiol. 2021; 117(4): 688-689
Cicatriz Miocárdica e Repolarização Ventricular no Eletrocardiograma: Insights a Partir da Ressonância Magnética Cardíaca
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Relação entre o Realce Tardio pelo Gadolínio e os Parâmetros de Repolarização Ventricular em Pacientes com Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida".
A fibrose miocárdica é uma condição comum final da maioria das vias inflamatórias, e é frequentemente vista em pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção reduzida (ICFEr). , A presença de cicatriz miocárdica, detectada por ressonância magnética (RM) com contraste, tem se mostrado um preditor de prognóstico e morte súbita cardíaca em pacientes com ICFEr. – A RM cardíaca (RMC) tem se destacado como um método não invasivo padrão-ouro para avaliação de cicatriz e predição de risco de arritmias ventriculares. , , , Contudo, a RMC pode demandar tempo, ter custo elevado, e não ser facilmente disponível.
O eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações é um instrumento diagnóstico simples e de baixo custo amplamente empregado na prática clínica para o diagnóstico de arritmias cardíacas. A forma de onda do ECG é a expressão dos potenciais de ação transmembrana e é composta por dois processos distintos: despolarização e repolarização. A repolarização ventricular é um fenômeno elétrico complexo que, na prática clínica é medida do início do complexo QRS ao final da onda T. Mudanças na estrutura e no sistema elétrico cardíacos podem causar anormalidades no potencial de ação, afetando o período refratário, favorecendo assim, o início das arritmias ventriculares.
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