Arq. Bras. Cardiol. 2020; 115(4): 602-603
Circulação Extracorpórea na Cirurgia de Revascularização do Miocárdio no Estado de São Paulo. O Estudo REPLICCAR
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Impacto Atual da Circulação Extracorpórea na Cirurgia de Revascularização Miocárdica no Estado de São Paulo".
Se a revascularização do miocárdio deve ser realizada com ou sem o uso de circulação extracorpórea, chamada de CRM sem CEC e com CEC, ainda é uma questão em debate. Intuitivamente, evitar o bypass cardiopulmonar parece benéfico, pois a resposta inflamatória sistêmica da circulação extracorpórea é omitida. Mesmo assim, nenhum ensaio randomizado único foi capaz de provar que a CRM sem CEC é superior à CRM com CEC no que diz respeito aos desfechos de morte, acidente vascular cerebral ou infarto do miocárdio.
Hoje em dia, a cirurgia de revascularização do miocárdio sem CEC (RMSCEC) se tornou uma prática comum na cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Além disso, parece que disfunções de órgãos (fígado, rim, isquemia intestinal, acidente vascular cerebral e outros tipos de disfunções menores) devem ser definitivamente diferenciadas, considerando as duas cirurgias de revascularização do miocárdio. Uma limitação associada à técnica sem CEC, especificamente a instabilidade hemodinâmica, diz respeito à qualidade da anastomose, a capacidade de obter uma revascularização completa e a taxa de conversão para CEC, que são preocupações especulativas. Portanto, ainda não está claro se a RMSCEC é superior em termos de patência do enxerto, incidência de complicações, desfechos em longo prazo e a taxa de mortalidade associada em comparação com a CRM convencional (CRMC).
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