Arq. Bras. Cardiol. 2024; 121(1): e20230823
COVID-19 e Fibrilação Atrial: Prevendo para Prevenir
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Variáveis Clínicas e Laboratoriais na Admissão Hospitalar são Preditores de Fibrilação Atrial Nova em Pacientes Internados com Pneumonia por COVID-19".
A fibrilação atrial (FA) é a arritmia crônica mais comum em todo o mundo, com significativa morbidade e mortalidade. As causas para desenvolvimento e manutenção da FA são multifatoriais, estando sob maior risco os pacientes com idade avançada e comorbidades como hipertensão, diabetes e doença arterial coronariana. Aumento do tônus simpático e estados inflamatórios também estão associados ao desenvolvimento de FA.,
A pandemia da doença pelo novo coronavírus que se iniciou no final de 2019 (COVID-19) rapidamente se alastrou pelo mundo trazendo consequências catastróficas para saúde pública e economia global. A infecção pode levar a doença com severidades variadas, variando desde infecção leve de via aérea alta até a pneumonia grave, resultando em síndrome respiratória aguda grave com necessidade de ventilação mecânica. Embora a COVID-19 seja primariamente uma doença pulmonar como consequência de uma resposta inflamatória imune, o envolvimento cardiovascular pode compor o quadro., Manifestações cardíacas incluem miocardite, insuficiência cardíaca, síndrome coronariana aguda, arritmias, e estão associadas a maior mortalidade. O mecanismo arritmogênico exato ainda não é completamente conhecido, mas hipoxia, miocardite, resposta imune exagerada, isquemia miocárdica, distúrbio eletrolítico e efeitos adversos de medicações são potenciais causas.,
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