Arq. Bras. Cardiol. 2019; 112(1): 30-31
Critérios de Reperfusão em Pacientes Submetidos à Fibrinólise: É Possível Melhorar?
DOI: 10.5935/abc.20180245
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "A Dispersão do Intervalo QT Regional como Preditor Precoce de Reperfusão em Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio Pós-terapia Fibrinolítica".
Muitos pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCST) procuram atendimento em hospitais sem capacidade para intervenção coronariana percutânea (ICP) e não podem ser submetidos à ICP dentro dos prazos recomendados pela diretriz e, em vez disso, são submetidos à fibrinólise como terapia de reperfusão inicial. Medidas rápidas, simples e prontamente disponíveis à beira do leito são de extrema importância para a avaliação oportuna da eficácia da terapia de reperfusão logo após a fibrinólise em pacientes com IAMCST, para identificar imediatamente aqueles que necessitam de ICP de resgate.,
Em um editorial da Circulation em 2001, Gibson, declarou: “Em um momento de avanços vertiginosos nos métodos diagnósticos, é animador ver que ferramenta útil, simples, não invasiva, amplamente acessível, facilmente reproduzível/aplicada e de baixo custo é o eletrocardiograma (ECG)”. Essa afirmação ainda é atual. Múltiplos estudos demonstraram melhores resultados em pacientes que conseguiram resolução completa do segmento ST aos 60-90 minutos após a terapia fibrinolítica, e recomenda-se que a ausência de redução > 50% na derivação com maior elevação do segmento ST em 60-90 minutos deve levar a uma forte consideração de angiografia coronariana e ICP de resgate., No entanto, essa medida, combinada com a ausência de arritmias de reperfusão 2 horas após o tratamento, tem um valor preditivo positivo de 87% e um valor preditivo negativo de 83% para prever falha de reperfusão,, indicando que é possível melhorar a precisão.
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