Arq. Bras. Cardiol. 2018; 110(3): 246-247
Doenças Cardiovasculares nas Populações Indígenas: Um Indicador de Iniquidade
DOI: 10.5935/abc.20180045
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Urbanização Associa-se com Tendência a Maior Mortalidade Cardiovascular em Populações Indígenas: o Estudo PAI".
O número de artigos que abordam doença cardiovascular na população indígena é insuficiente para se desenvolver uma política de saúde. As condições mais frequentemente identificadas entre os indígenas são doenças infectocontagiosas como malária, tuberculose, infecções respiratórias, hepatite, doenças sexualmente transmissíveis, entre outras. No entanto, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) estão cada vez mais frequentes nessa população, decorrentes do processo de urbanização e estilo de vida. Ainda, existem dificuldades logísticas no manejo dessas doenças, uma vez que requerem atendimento médico continuado e ações de promoção de saúde em regiões de difícil acesso.
O estudo original e bem conduzido de Armstrong e colegas auxilia a preencher essa lacuna de conhecimento, pois enfatiza o impacto de um investimento governamental, que por um lado busca o desenvolvimento no país, e por outro mostra a exposição e os efeitos adversos da mudança no estilo de vida do indígena. O artigo apresenta uma associação entre mortalidade por doença cardiovascular com o rápido processo de urbanização, mesmo sendo um artigo com algumas limitações metodológicas.
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