Arq. Bras. Cardiol. 2022; 118(6): 1106-1107

É Possível Estudar de Forma não Invasiva as Adaptações Hemodinâmicas da Cardiomiopatia Chagásica pela Curva Volume-Tempo Utilizando a Ecocardiografia 3D?

José Luiz Barros Pena ORCID logo

DOI: 10.36660/abc.20220284

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "A Curva Volume-Tempo Obtida pela Ecocardiografia Tridimensional na Cardiomiopatia Chagásica: Análise do Mecanismo das Adaptações Hemodinâmicas".

A ecocardiografia tridimensional (3DE) representa uma grande inovação no ultrassom cardiovascular. O aumento do poder de processamento computacional e os avanços no desenvolvimento de transdutores permitiram a aquisição de estruturas cardíacas de qualquer ponto de vista espacial, sem suposições sobre sua forma. Estudos recentes demonstraram que, quando os tamanhos das câmaras cardíacas são quantificados pelo 3DE, seus volumes são semelhantes aos obtidos pela ressonância magnética cardíaca em comparação com a ecocardiografia bidimensional (2DE)., A utilidade da 3DE foi particularmente demonstrada principalmente em imagens anatômicas realísticas de valvas cardíacas e na orientação e monitoramento de procedimentos cardíacos.

A 3DE permite o cálculo do volume do ventrículo esquerdo (VE) ao longo do ciclo cardíaco, possibilitando a construção de uma curva volume-tempo. Esse método é mais preciso que a 2DE, pois a construção do volume ventricular esquerdo é realizada por meio da análise de centenas de pontos na borda do endocárdio. Nenhum plano específico ou modelo geométrico é necessário para descrever a estrutura complexa do VE. Neste artigo, Pinto et al., testaram a hipótese de estudar as adaptações hemodinâmicas da cardiomiopatia chagásica não invasiva utilizando a curva volume-tempo gerada pelo 3DE. Eles geraram um polinômio ajustado à curva de volume do VE por meio de software específico. O objetivo foi apresentar um estudo transversal avaliando a função do VE, comparando curvas de volume em 20 pacientes com cardiomiopatia chagásica (CC) e 15 controles saudáveis pareados por sexo e idade.

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É Possível Estudar de Forma não Invasiva as Adaptações Hemodinâmicas da Cardiomiopatia Chagásica pela Curva Volume-Tempo Utilizando a Ecocardiografia 3D?

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