Arq. Bras. Cardiol. 2020; 115(4): 658-659
Estresse, Mulheres e Infarto Agudo do Miocárdio: O que se Sabe?
José Henrique Cunha Figueiredo
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Um Olhar sobre o Stress nas Mulheres com Infarto Agudo do Miocárdio".
Durante décadas as mulheres foram excluídas da pesquisa em saúde. Este fato foi objeto de crítica do National Institutes of Health (NIH), que buscou encorajar a inclusão de mulheres em ensaios clínicos de pesquisa, com parco progresso nos anos 1980. Alguns dos exemplos mais conhecidos aconteceram na pesquisa cardiovascular. O Harvard Physicians Health Study, que analisou a relação entre o uso moderado de aspirina e doenças cardíacas, não incluiu mulheres na amostra estudada. Na ocasião, o resultado do estudo não pôde ser conclusivo para a sua aplicação em mulheres. The Multiple Risk Factor Intervention Trials (MR. FIT) foi outra grande pesquisa sobre doença cardíaca que também não incluiu indivíduos do sexo feminino. Este estudo nacional examinou como os níveis de colesterol, pressão arterial e tabagismo afetavam o desenvolvimento de doença cardíaca.
A omissão das mulheres destas e de outras pesquisas à época merece destaque, tendo em vista as taxas de mortalidade cardiovascular entre as mulheres.
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