Arq. Bras. Cardiol. 2020; 114(3): 552-553
Fenômeno de Fluxo Lento Coronariano – Adicionando Fibrose Miocárdica à Equação
Filipe Penna de Carvalho
, Clério Francisco de Azevedo
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Determinação do Tecido Cicatricial do Miocárdio no Fenômeno de Fluxo Coronário Lento e a Relação entre a Quantidade de Tecido Cicatricial e o Nt-ProBNP".
Inicialmente descrito há mais de 40 anos por Tambe et al.,o fenômeno de fluxo lento coronariano (FLC) é caracterizado por retardo da progressão do meio de contraste na ausência de doença epicárdica coronariana obstrutiva durante angiografia coronária invasiva (ACI). O FLC afeta tipicamente jovens fumantes do sexo masculino, que frequentemente apresentam síndrome coronariana aguda (SCA) ou angina de repouso refratária recorrente que requer internação.– Além disso, arritmias potencialmente fatais e morte súbita cardíaca também foram associadas ao FLC.
Apesar do aumento da conscientização e da pesquisa, o FLC permanece uma condição difícil de descrever e pouco compreendida, com muitos mecanismos patogênicos propostos, incluindo disfunção endotelial, vasomotora e microvascular., De fato, uma regulação anormal do tônus microvascular que ocorre apenas durante condições de repouso, enquanto a reserva de fluxo coronariano está dentro da faixa normal, foi descrita no FLC.
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