Arq. Bras. Cardiol. 2025; 122(3): e20250148
Fístula Átrio-Esofágica após Ablação por Cateter de Fibrilação Atrial: Podemos Realmente Preveni-la?
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Estratégias de Proteção Esofágica para Ablação de Fibrilação Atrial: Resultados Comparativos de Avaliações Endoscópicas Consecutivas".
A ablação por cateter de fibrilação atrial (FA) é um procedimento amplamente utilizado e estabelecido na prática clínica. Diversos estudos randomizados já demonstraram a superioridade deste método em pacientes com FA paroxística/ persistente, sintomáticos e refratários a terapia antiarrítmica, com forte impacto positivo na qualidade de vida e na redução da recorrência clínica desta arritmia, independentemente do tipo de energia utilizada.– O objetivo primário do procedimento é o isolamento elétrico das veias pulmonares, associada ou não a lesões mais extensas, em particular, da parede posterior.
As principais complicações relacionadas ao procedimento, tais como, morte, evento tromboembólico per-procedimento, fístula átrio-esofágica (FAE), tamponamento cardíaco, estenose grave de veia pulmonar e paralisia permanente de nervo frênico são, na realidade, complicações infrequentes (0,02 a 1,3%). Uma recente publicação demonstrou um decréscimo destas complicações nos últimos anos (2018-2022) quando comparado aos cinco anos antecedentes (3,8 versus 5,3%).
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Palavras-chave: Ablação por Cateter; Fibrilação Atrial; Fístula Esofágica
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