Arq. Bras. Cardiol. 2022; 118(4): 727-729
Hipertensão na Adolescência, uma Relação Direta com Obesidade e Resistência à Insulina
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Hipertensão Arterial e Parâmetros Lipídicos, Glicídicos e de Adiposidade Associados em Adolescentes Escolares do Distrito Federal".
A hipertensão arterial é o principal fator de risco modificável para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e sua ocorrência em idades mais precoces favorece o envelhecimento vascular acelerado nos anos seguintes. O aumento da pressão arterial na adolescência geralmente não ocorre de forma isolada e está associada a outros fatores de risco como ingestão excessiva de sal, atividade física reduzida e, principalmente, sobrepeso/obesidade., Considerando que um elevado percentual de gordura na infância e na adolescência tem efeitos adversos precoces sobre a pressão arterial, medidas adequadas da gordura corporal podem determinar marcadores mais precisos de maior adiposidade e preditores da incidência de hipertensão nos indivíduos mais jovens.
Grandes avanços da tecnologia estão presentes na vida diária dos adolescentes e geralmente favorecem a inatividade física e o ganho de peso que apresenta relação direta com os níveis de pressão arterial. Além do sedentarismo estar fortemente associado à hipertensão na adolescência, o exercício físico exerce um papel protetor, reduzindo a pressão arterial por vários mecanismos. Estudo transversal realizado com crianças e adolescentes de 11 a 17 anos demonstrou a associação do sexo masculino e obesidade central com hipertensão nesses escolares. Por outro lado, o mesmo estudo apontou a prática de atividades físicas moderadas e vigorosas como forma eficaz de prevenir a elevação da pressão arterial diastólica nos jovens desta idade.
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Palavras-chave: Adolescente; Epidemiologia; Fatores de Risco; Hipertensão; Obesidade; Resistência à Insulina; Sedentarismo
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