Arq. Bras. Cardiol. 2023; 120(3): e20230147
Iniciativas Brasileiras Lideram com Forte Cooperação Científica para Enfrentar Questões da COVID-19: O Caso da Coalizão COVID-19 Brasil
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Rivaroxabana em Pacientes Ambulatoriais com COVID-19 Leve ou Moderada: Fundamentação e Desenho do Estudo CARE (CARE – Coalition COVID-19 Brazil VIII)".
A pandemia de COVID-19 em andamento destacou a importância da pesquisa científica colaborativa como nunca antes. Com o mundo enfrentando uma crise de saúde sem precedentes, ficou claro que a colaboração científica e o compartilhamento de conhecimento são essenciais para encontrar soluções para os desafios impostos pela pandemia. A cooperação científica aumentou durante a pandemia, trazendo a capacidade de reunir recursos e conhecimentos de todo o mundo.1 A ciência cooperativa pode levar a uma compreensão mais abrangente do vírus, sua transmissão e a doença que ele causa. Com o COVID-19, pesquisadores de todo o mundo se uniram para compartilhar dados, colaborar em estudos e desenvolver novas terapias e vacinas.
A pesquisa científica colaborativa é a chave para acelerar o ritmo da pesquisa. O modelo tradicional de pesquisa científica envolve um processo lento e muitas vezes fragmentado de descoberta, validação e disseminação. No Brasil, um exemplo seminal de colaboração é a iniciativa de coalizão que reúne mais de 70 centros em todo o país e conduziu vários ensaios clínicos randomizados com mais de 5.000 participantes. Um bom exemplo de seus resultados é o estudo da Coalizão Covid Brasil III, que demonstrou que a dexametasona melhora pacientes com COVID-19 grave.2 Esses resultados são comparáveis ao histórico Recovery Trial, que demonstrou pela primeira vez que em pacientes hospitalizados com Covid-19, a dexametasona resultou em menor mortalidade em 28 dias.3 Estudos de Coalizão também mostraram que a hidroxicloroquina, com ou sem azitromicina, não beneficiou casos leves a moderados4 ou casos graves de COVID-19.5
[…]
Palavras-chave: Anticoagulantes; Cooperação Técnica; COVID-19/tendências; Terapias Investigacionais; Vacinas/tendências
512