Arq. Bras. Cardiol. 2020; 115(3): 513-514

Medição do Fluxo Sanguíneo Coronariano por Angiocoronariografia Convencional por um Novo Método Baseado na Detecção da Densidade de Contraste

Hector M. Garcia-Garcia ORCID logo , Pablo Blanco

DOI: 10.36660/abc.20200936

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Medição do Fluxo Sanguíneo Coronário em Angiogramas Coronários Convencionais por um Novo Método Baseado na Detecção da Densidade de Contraste. Uma Visão Fisiológica".

Desde os primórdios de sua utilização, a avaliação do fluxo coronariano indireto por angiocoronariografia (ACG) tem sido relatada em todas as notas laboratoriais de hemodinâmica, pois é considerada uma ferramenta prognóstica, particularmente no contexto da intervenção percutânea coronariana primária. A trombólise no sistema de grau de fluxo do infarto do miocárdio (TIMI) e, com menos frequência, na contagem de quadros TIMI corrigida (corrected TIMI Frame Count — CTFC) são os dois escores mais comumente usados para refletir o estado do fluxo sanguíneo coronariano (FSC). Nesta edição, Lopez-Hidalgo e Eblen-Zajjur relatam uma nova abordagem de medição angiográfica quantitativa do FSC com base na detecção de contraste densitométrico (DM) em ACG offline. Para tanto, trinta pacientes foram estudados e divididos em 2 grupos: grupo de fluxo sanguíneo coronariano normal (FN) e fluxo sanguíneo coronariano lento (FL), de acordo com a CTFC. Os autores concluíram que o novo método DM era viável e demonstrava a capacidade de diferenciar fluxo normal (FN) e fluxo lento (FL) em pacientes com dor torácica e artérias coronarianas normais.

Os autores desenvolveram uma abordagem criativa para medir o FSC quantitativamente e objetivamente, de forma indireta. Essa abordagem supera parcialmente as limitações dos escores tradicionais TIMI e CTFC. Por este motivo, gostaríamos de parabenizar os autores por este relatório inovador. Isto posto, gostaríamos de destacar alguns pontos que merecem uma discussão mais aprofundada. Primeiro, houve uma tentativa de definir fluxo coronariano “normal”. Com base na população estudada, derivou-se o ponto de corte da ACG. Nunca se pode ter certeza se esses pacientes têm realmente FSC normal. Tradicionalmente, os métodos não invasivos (como tomografia por emissão de pósitrons e ressonância magnética cardíaca) e métodos invasivos (ou seja, guia-Doppler e termodiluição) são considerados as melhores abordagens para medir o FSC e, para cada tecnologia, são conhecidos os valores padrão de normalidade. Assim, no relatório, a definição de valores “normais” pode ser, na melhor das hipóteses, um substituto aproximado do FSC real.

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Medição do Fluxo Sanguíneo Coronariano por Angiocoronariografia Convencional por um Novo Método Baseado na Detecção da Densidade de Contraste

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