Arq. Bras. Cardiol. 2022; 119(3): 424-425
Medida do PETCO2 no Limiar Anaeróbico: Melhor Marcador Prognóstico em Pacientes com Ressincronizador?
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Capacidade Preditiva dos Parâmetros do Teste de Esforço Cardiopulmonar em Pacientes com Insuficiência Cardíaca em Terapia de Ressincronização Cardíaca".
O teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) é uma ferramenta consolidada na avaliação funcional e prognóstica do paciente com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER), tratando-se de uma pedra angular na avaliação para indicação de terapias avançadas na ICFER. , A terapia de ressincronização cardíaca (TRC), além de redução da mortalidade, pode melhorar a aptidão cardiorrespiratória, levando a um aumento do consumo de oxigênio de pico (VO2 pico) e uma redução da inclinação da relação do equivalente respiratório de CO2 (VE/VCO2 slope). – Nos últimos anos, com a evolução dos tratamentos, a mortalidade geral e o risco de morte súbita dos pacientes com ICFER vem sendo reduzidas. , Neste contexto, torna-se importante revisar o prognóstico e os valores associados a um maior risco dentre as variáveis do TCPE nos pacientes submetidos à TRC.
A medida da pressão de dióxido de carbono no final de expiração (PETCO2) durante o TCPE, tanto em repouso, quanto no primeiro limiar ventilatório ou limiar anaeróbio (PETCO2LA) tem valor prognóstico já consolidado na insuficiência cardíaca. , O aumento da ventilação de espaço morto, causada pelo prejuízo da relação ventilação/perfusão (V/Q) como, por exemplo, nos pacientes com disfunção do ventrículo esquerdo, leva à uma redução do CO2 alveolar e consequentemente do PETCO2. É esperado que haja um aumento na sua medida até o limiar anaeróbico e este se correlaciona a um aumento do débito cardíaco.
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