Arq. Bras. Cardiol. 2021; 117(4): 624-625

Modelos Preditivos para Aprimorar nosso Conhecimento: É Necessário?

Marcia M. Noya-Rabelo ORCID logo , Diogo Freitas Cardoso de Azevedo, Olga Ferreira de Souza

DOI: 10.36660/abc.20210733

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Escore de Risco Clínico Simples para Prever a Mortalidade Pós-Alta Hospitalar em Pacientes Chineses Hospitalizados por Insuficiência Cardíaca".

A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição com prognóstico adverso; as taxas de mortalidade em 1 ano em estudos de base populacional foram relatadas em 35% a 40%. No Brasil, o registro BREATHE, grande amostra de pacientes hospitalizados com IC descompensada de diferentes regiões, demonstrou alta mortalidade intra-hospitalar (12,6%). Embora a internação por IC tenha diminuído de 2008 a 2017, foi observado aumento da taxa de tempo de internação por IC em pacientes hospitalizados. Informações prognósticas precisas podem aumentar nossa capacidade de prever resultados, informando assim as decisões aos pacientes. Inúmeros dados demográficos, variáveis clínicas e bioquímicas foram relatados para fornecer importante valor prognostico em pacientes com insuficiência cardíaca, e vários modelos preditivos foram desenvolvidos. Portanto, o conhecimento dos preditores de mortalidade pode ser usado para gerar modelos preditivos que podem auxiliar na tomada de decisão dos médicos identificando pacientes com alto ou baixo risco de morte.

Embora a maioria dos modelos anteriores sejam abrangentes e bem validados, ainda existem algumas limitações. Primeiro, alguns modelos foram construídos no período anterior ao recente tratamento farmacológico orientado por diretrizes. Em segundo lugar, a maioria dos modelos anteriores visava prever a taxa de mortalidade de curto prazo. Além disso, a maioria foi construída usando população de países ocidentais. Como já sabemos, os fatores que predizem a mortalidade no ambiente comunitário podem diferir.

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