Arq. Bras. Cardiol. 2025; 122(5): e20250323

Nada sobre as Mulheres, sem as Mulheres, é para as Mulheres

Camila Perez de Souza Arthur ORCID logo , Omar Asdrúbal Vilca Mejia ORCID logo

DOI: 10.36660/abc.20250323

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "O Sexo Feminino está Associado à Mortalidade na Cirurgia de Revascularização do Miocárdio?".

Análises ajustadas mostram que mulheres tem maior mortalidade do que os homens após cirurgia de revascularização miocárdica (CRM), além de receber uma técnica cirúrgica de menor qualidade., Estratégias atuais focam na otimização pré-operatória e na padronização dos cuidados intra e pós-operatórios, assim como de incluir mais mulheres nas pesquisas. Atualmente, mulheres são sub-representadas, chegando até 16% da amostra em alguns trials. Isto reforça o chamado por mais equidade e uma maior inclusão de mulheres nos projetos de pesquisa ou do contrário a realização de estudos específicos em mulheres.

Acredito que demoramos para refletir sobre esta realidade já que o sexo feminino é considerado preditor de mortalidade na CRM desde a publicação do CASS em 1981 e se manteve constante, inclusive no nosso cenário como parte do InsCor. Isto foi novamente reconhecido neste importante artigo de Goncharov et al. Identificando o sexo feminino como preditor de mortalidade em um estudo unicêntrico e retrospectivo com 9.845 pacientes onde menos de 20% foram mulheres. No entanto ao contrário de outros estudos, a diferença de mortalidade entre mulheres e homens foi perdida após o pareamento.

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Nada sobre as Mulheres, sem as Mulheres, é para as Mulheres

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