Arq. Bras. Cardiol. 2021; 116(5): 968-969

No-Reflow nas Síndromes Coronarianas Agudas: Um Velho Inimigo ou uma Nova Fronteira?

Stefano Garzon ORCID logo

DOI: 10.36660/abc.20210118

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Comparação entre Dois Escores de Risco quanto à Predição de Obstrução Microvascular Coronariana durante a Intervenção Percutânea Primária".

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cardiopatia isquêmica é a principal causa de óbitos no mundo, tendo sido responsável por 16% dos óbitos no mundo em 2019. No entanto, devido à contínua evolução do tratamento médico e das técnicas de revascularização, tem-se observado um constante declínio nas taxas de mortalidade em síndromes coronarianas agudas (SCA) nos últimos anos.

Atualmente, a intervenção coronariana percutânea (ICP) é o tratamento padrão-ouro para infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCST e uma opção terapêutica básica para SCA sem IAMCST e doença arterial coronariana estável. No entanto, e particularmente em pacientes com STEMI, a ICP pode ser muito desafiadora às vezes. Um dos eventos mais temidos durante a ICP no IAMCST é o fenômeno comumente denominado “no-reflow”, um comprometimento na perfusão miocárdica secundário à obstrução microvascular sem evidência angiográfica de obstrução coronariana. Descrito inicialmente em modelos animais, também foi reconhecido em humanos nas décadas seguintes, sendo descrito pela primeira vez após a ICP por IAMCST por Feld em 1992. Sua ocorrência está relacionada a desfechos de curto e de longo prazo após ICP,, e está presente em mais de 20% dos pacientes submetidos a ICP primária por IAMCST.

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