Arq. Bras. Cardiol. 2024; 121(2): e20240144
O Índice Prognóstico Nutricional Oferece Novos Insights sobre a Circulação Colateral Coronariana na Angina Estável?
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "O Índice Nutricional Prognóstico está Associado ao Grau de Circulação Colateral Coronariana em Pacientes com Angina Estável e Oclusão Total Crônica".
A circulação colateral coronária (CCC) desempenha um papel crucial na manutenção do suprimento sanguíneo miocárdico, particularmente em pacientes com oclusão total crônica (CTO) e síndrome coronariana estável (SCE). Pesquisas recentes investigaram a associação entre marcadores inflamatórios e o desenvolvimento de CCC. No entanto, um novo estudo lança luz sobre uma perspectiva diferente, explorando a correlação entre o Índice Prognóstico Nutricional (IPN) e a formação de CCC em pacientes com SCE com CTO. O estudo, conduzido por Esenboga et al., envolveu 400 pacientes com SCE com CTO, com o objetivo de investigar a potencial ligação entre IPN e CCC. Os resultados revelaram uma associação significativa entre níveis mais baixos de IPN e CCC pouco desenvolvido, independente de outros fatores de risco. Isto sugere que o IPN poderia servir como um biomarcador valioso para avaliar o CCC em pacientes com SCE.
A importância da CCC reside na sua capacidade de mitigar a isquemia miocárdica, aliviar os sintomas anginosos e melhorar o prognóstico do paciente. Embora estudos anteriores tenham explorado vários fatores que influenciam o desenvolvimento do CCC, como idade, comorbidades e marcadores inflamatórios, este estudo é pioneiro no exame do IPN como preditor. O IPN, calculado a partir dos níveis séricos de albumina e da contagem total de linfócitos, reflete o estado inflamatório e o estado nutricional de um indivíduo. Valores mais baixos de IPN significam aumento da carga inflamatória e pior estado nutricional, o que pode impedir a formação de CCC. O estudo propõe mecanismos plausíveis que ligam o baixo IPN ao mau CCC, envolvendo disfunção endotelial, diminuição da produção de óxido nítrico e comprometimento das respostas neovasculares.
[…]
241