Arq. Bras. Cardiol. 2018; 110(5): 418-419

Pesquisa Usando Microalternância de Onda T na Doença de Chagas

Carlos Alberto Pastore

DOI: 10.5935/abc.20180081

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Associação entre Microalternância de Onda T e Arritmias Ventriculares Malignas na Doença de Chagas".

A T-wave alternans (TWA) visível não é na verdade um achado recente e tem sido relatada desde 1909. Entretanto, é a TWA em microvolts, não visível e muito menos rara, que ganhou um lugar ao sol devido à sua associação com distúrbio elétrico e risco elevado de morte súbita cardíaca (MSC) ou eventos arrítmicos, como tem sido avaliado em diversas pesquisas clínicas e estudos em populações: TWA na ICC, ALPHA, REFINE, FINCAVAS, Ikeda et al., (em um estudo colaborativo) e Bloomfield et al., (em uma pesquisa do tipo MADIT-II). Todos esses estudos têm em comum o fato de que trazem evidências sobre o alto valor preditivo negativo da TWA em relação a MSC ou a eventos arrítmicos, com valor preditivo positivo baixo a regular.

A microalternância de onda T consiste na análise, através de software especializado, de variações batimento a batimento que ocorrem na repolarização ventricular (segmento ST e onda T), muito pouco perceptíveis a olho nu. A TWA permite acessar, de maneira indireta, o aspecto de aumento da dispersão dos potenciais de ação das células do coração, fator esse primordial em uma sequência de eventos que levarão a mecanismos de re-entrada e fibrilação ventricular que culminarão na MSC. Uma propriedade fundamental de sua análise é o alto poder preditivo negativo para o risco de MSC que um teste de TWA normal apresenta.

[…]

Pesquisa Usando Microalternância de Onda T na Doença de Chagas

Comentários

Pular para o conteúdo