Arq. Bras. Cardiol. 2025; 122(6): e20250329
Qual o Impacto da Evolução do Tratamento de Pacientes Portadores de Insuficiência Cardíaca na sua Mortalidade?
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Análise de Sobrevida e Fatores Associados a Mortalidade em Portadores de Insuficiência Cardíaca na Coorte ELSA-Brasil".
O artigo intitulado Análise de Sobrevida e Fatores Associados a Mortalidade em Portadores de Insuficiência Cardíaca na Coorte ELSA-Brasil apresenta uma significativa casuística da mortalidade em 251 pacientes com diagnóstico de insuficiência cardíaca em uma coorte brasileira de seguimento ambulatorial de longo prazo. O perfil clínico associado a indivíduos do sexo masculino, com faixa etária a partir de 70 anos, disfunção sistólica do ventrículo esquerdo e presença de comorbidades apresentou pior sobrevida. A mortalidade global após 12,3 anos de seguimento foi de 19%. Entre as classes de drogas conhecidas como redutoras de mortalidade na IC, os pacientes deste estudo utilizaram betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) e/ou antagonistas de mineralocorticoides. Vale ressaltar também que a minoria dos pacientes (6%) apresentava fração de ejeção menor que 45%. No artigo em questão, a inclusão de pacientes no estudo foi de 2008 a 2010.
Nos últimos dez anos, segundo o DATASUS, o Brasil ultrapassou 2,2 milhões de internações por insuficiência cardíaca (IC), com tendência crescente, especialmente entre 2015 e 2025. A Região Sudeste concentrou a maior parte desses casos (42,13%), seguida pelas regiões Nordeste (22,6%), Sul (22,5%), já o Norte possui uma taxa de (5,6%) e Centro-Oeste (7,5%). Observa-se uma leve predominância masculina (51,8%) e maior incidência em indivíduos com mais de 60 anos, o que reflete o envelhecimento populacional e a relação da IC com condições como hipertensão, diabetes e doença arterial coronariana.,
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Palavras-chave: Insuficiência Cardíaca; Prognóstico; Tratamento
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