Arq. Bras. Cardiol. 2021; 117(5): 1036-1037
Retenção das Habilidades de Ressuscitação Cardiopulmonar nos Estudantes de Medicina: O que Fazer para Melhorar?
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Retenção das Habilidades de Ressuscitação Cardiopulmonar nos Estudantes de Medicina".
Desde os primórdios grandes pesquisadores trabalhavam para estimar qual seria a melhor técnica para manutenção do fluxo sanguíneo corpóreo de uma vítima em PCR. Foram aplicadas várias técnicas, como por exemplo: Método do trotar e rolamento sobre barril. A técnica de compressões torácicas externa foi concebida em 1960, a partir da observação feita por Kouwenhoven, Jude e Knickerbocker de que a compressão sobre o terço inferior do esterno, feita adequadamente, fornecia uma circulação artificial suficiente para manter a vida em animais e seres humanos com parada cardíaca. Desde então, muitos estudos foram realizados a fim de aprimorar qual seria a profundidade e frequência de compressões apropriadas para manter a perfusão coronariana em nível adequado, colaborando para o retorno da circulação espontânea.
De acordo com as publicações das diretrizes mundiais de 2020, a realização de compressões de alta qualidade refere-se à realização de compressões a uma frequência de 100 -120 por minuto, profundidade de 5-6cm, retornar o tórax a posição normal entre as compressões minimizar interrupções nas compressões e evitar ventilação excessiva. Neste sentido, surge uma grande questão: entendemos quais são os parâmetros da realização de boas compressões, que colaboram significativamente no aumento da sobrevivência de vítimas de PCR. Porém, como garantir que profissionais da saúde e público em geral consiga aprender a técnica e reter este aprendizado, a ponto de reproduzi-lo em uma situação real de emergência?
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