Arq. Bras. Cardiol. 2021; 117(4): 726-727
Suplementação de L-Carnitina no Coração Diabético
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Novo Efeito Cardioprotetor da L-Carnitina em Camundongos Obesos Diabéticos: Regulação da Expressão de Quemerina e CMKLRI no Coração e Tecidos Adiposos".
A carnitina é um nutriente não essencial, derivado de aminoácidos, e sua principal fonte alimentar são a carne vermelha, a carne de aves e os laticínios. Parte da carnitina pode ser produzida endogenamente a partir da lisina e da metionina, principalmente pelo fígado e rins. Age sobretudo como cofator enzimático para o transporte de ácidos graxos de cadeia longa do citoplasma para o interior da mitocôndria e subsequente degradação para betaoxidação, e trata-se de uma via muito importante para metabolismo energético. Dessa forma, a carnitina é essencial como combustível para o músculo, e mais de 95% da substância é encontrada no músculo esquelético. Fígado, coração, cérebro e rins detêm o restante das reservas de carnitina corporal ou possuem condições para síntese, e tal distribuição mostra a importância da carnitina nesses órgãos. Estudos sobre a suplementação de L-carnitina estão sendo desenvolvidos na sarcopenia, em doenças hepáticas, na insuficiência cardíaca e em doenças renais e neurológicas. ,
A maioria dos estudos mostrou benefício da L-carnitina nos fatores de risco cardiovascular, e sua suplementação reduz hipertensão, hiperlipidemia, hiperglicemia, diabetes melito insulinodependente, resistência à insulina, obesidade, inflamação e estresse oxidativo. , –
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Palavras-chave: Carnitina; Metabolismo Energético; Reação em Cadeia da Polimerase
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