Arq. Bras. Cardiol. 2024; 121(8): e20240496

Uso de Terapia Anticoagulante em Obesos: Qual a Evidência da Dose Ideal?

Marcia M. Noya-Rabelo ORCID logo , Eduardo Novaes, Renata Moll-Bernardes, Olga Souza

DOI: 10.36660/abc.20240496

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Fondaparinux versus Enoxaparina no Tratamento de Pacientes Obesos com Síndrome Coronariana Aguda".

Dados da Organização Mundial de Saúde apontam para mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, uma a cada oito, com obesidade. No Brasil, segundo pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEC), uma a cada quatro pessoas da população adulta é obesa. Obesidade é definida por índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 30 kg/m2, enquanto obesidade mórbida é considerada para aqueles com IMC acima de 40 kg/m2. Dados epidemiológicos também pontuam alta prevalência de doença coronariana na população brasileira estimada em 5 a 8%.

Embora as taxas de obesidade atinjam proporções epidêmicas em todo o mundo, a literatura médica carece de dados precisos sobre alterações na farmacocinética e farmacodinâmica das diversas medicações em pacientes com obesidade. As possíveis diferenças fisiológicas entre obesos e não obesos podem resultar em diferenças na distribuição e eliminação de fármacos, fatores importantes a serem considerados na determinação da posologia adequada para o tratamento farmacológico. A dose ideal da maioria dos anticoagulantes para os obesos não foi estabelecida, incluindo heparina de baixo peso molecular e pentassacarídeos. Dessa forma, o manejo terapêutico dos pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) e obesidade é desafiador e, consequentemente, pode influenciar a eficácia e a segurança dos anticoagulantes.

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Uso de Terapia Anticoagulante em Obesos: Qual a Evidência da Dose Ideal?

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