Arq. Bras. Cardiol. 2024; 121(7): e20240409
Avançando no Uso de Anticoagulantes Orais Diretos no Manejo do Trombo Ventricular Esquerdo
Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Anticoagulantes Orais Diretos versus Antagonistas da Vitamina K para Trombo Ventricular Esquerdo: Uma Metanálise com Análise Sequencial de Ensaios".
Os anticoagulantes orais diretos (DOACs) são preferidos aos antagonistas da vitamina K (AVKs) em vários cenários clínicos, como na prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes com fibrilação atrial e no tratamento de tromboembolismo venoso.– Em contraste, os DOACs são contraindicados em pacientes com válvulas cardíacas mecânicas, FA valvar devido a estenose mitral e síndrome antifosfolípide.– Em pacientes com trombo ventricular esquerdo (TVE), entretanto, a eficácia e segurança dos DOACs permanecem incertas.
TVE é uma complicação comum após um infarto agudo do miocárdio (IAM). A incidência de TVE pós-IAM agudo diminuiu devido ao aumento da intervenção coronária percutânea primária (ICP) e terapias antitrombóticas avançadas. Na era da ICP primária, a incidência de TVE é de até 6,3% em pacientes com IAMCSST, aumentando para 19,2% naqueles com IAMCSST anterior e fração de ejeção ventricular esquerda reduzida. Dados do registro SWEDEHEART indicaram uma incidência de até 38%, sugerindo subestimação e necessidade de acompanhamento para avaliar a formação de TVE nesses pacientes. Além disso, a escolha da modalidade de imagem impacta significativamente a detecção de TVE, com a ressonância magnética cardíaca tendo maior sensibilidade em comparação com a ecocardiografia. Portanto, existe uma necessidade não atendida de prevenção, detecção e tratamento de TVE.
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Palavras-chave: Infarto do Miocárdio; Inibidores do Fator Xa; Tromboembolia Venosa
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